Primeiras impressões
O relatório do LNEC foi divulgado em simultâneo com a decisão. Não me parece a melhor ideia. Mas permite ao governo salvar o mais possível a face. É que quando se vê o relatório (aqui) começa-se a perceber que o 4-3 é para disfarçar.
Uma das mais importantes vantagens de Alcochete é a opção de expansão. É difícil quantificar o seu valor mas o próprio relatório apresenta estimativas "sugerindo valores que oscilam desde os 1.000M€ aos 1.835M€." Nenhum destes valores entra na análise financeira, figurando apenas como aspecto qualitativo! Parece ainda que as duas localizações foram comparadas sem considerar os ganhos que serão possíveis reorganizando as acessibilidades em função da escolha de Alcochete.
7 Comments:
Nunca se devia decidir entre Alcochete e Ota antes de negociar com a LusoPonte. Depois da escolha feita, vai-se negociar com uma mão atrás das costas.
Tudo isto cheira mal.
O caso da Lusoponte mostra como podem acabar as obras pagas com a entrega de monopólios.
Seria bom que se evitasse a mesma asneira no caso dos monopólios dos aeroportos.
Oi,
se te apetecer, gostava que comentasses este post http://portadabarbaca.blogspot.com/2008/01/mandaram-me-por-mail.html , para saber a tua opinião.
Deixa. :)
Acabei por apagar o meu post, não gostava de lá ver aquilo, não estava nada seguro da minha opinião ou de estar a fazer as perguntas certas.
Sobre o Papa em La Sapiemza penso o seguinte:
- não sei exactamente porque é que o Papa cancelou a ida à Universidade; precisava de elementos que não tenho;
- se os estudantes contestavam a visita por causa das posições deste Papa, estavam no seu direito, embora tenha ficado com a impressão que os estudantes não tinham sequer lido nada do Papa - limitaram-se a pegar em frases soltas e a contestar a imagem que eles próprios fizeram do que seria Ratzinger;
- se os estudantes contestavam com argumentos do tipo "a ciência é laica", penso que se trata de um disparate e de uma ignorância profunda;
Tudo junto penso que Bento XVI sai bem melhor do que a La Sapienza.
"embora tenha ficado com a impressão que os estudantes não tinham sequer lido nada do Papa"
Vamos lá a ver se eu percebo: para contestar alguém é preciso primeiro fazer um exame a provar que percebemos as ideias da pessoa em questão. É isso?
On
Fiz um post para explicar melhor o que queria dizer: não é preciso um exame, bastaria ler o que se critica.
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