Coerência?
É este tipo de conclusões que o cardeal patriarca de Lisboa deveria tirar para manter a coerência. Infelizmente, a moral que se traz para a procriação assistida não é uma moral perene, aplicável em todos os casos, mas uma moral feita apenas para mostrar que a Igreja tem algo a dizer à humanidade em termos morais, aproveitando-se dos fracos conhecimentos que a maioria das pessoas tem sobre estes assuntos.
Esta dualidade de morais é evidente em várias situações relacionadas com a procriação assistida. Alguns destes assuntos têm estado em discussão com um ilustre anónimo num post anterior deste blog.
12 Comments:
Como é possível que tu continues todos os dias a dar força a esse senhor? Se ele tem poder, uma parte da culpa é tua.
Não respondas a esta. Não vale a pena.
Mas também comentei a tua perda de tempo no outro post.
CA, não vou comentar. Não porque concorde ou porque discorde. mas porque aquilo que penso do sr cardeal patriarca não é muito bom nem muito mau. É uma opinião pessoal que prefiro não transmitir.
Venho apenas para te desejar um ano cheio de amor... que é o que mais necessitamos.
Caro Confessionário
Muito obrigado pelos votos, que retribuo.
Gostaria que ficasse claro que o que está em causa no meu post não é a pessoa do Sr. Cardeal Patriarca nem sequer o modo como exerce o seu episcopado mas o seu discurso e as posições oficiais da hierarquia neste assunto.
Posto isto, quererias discutir o assunto em si?
Um abraço
Caro Confessionário
agradeço-lhe profundamente o seu post. Nunca tinha visto alguém pressionar outrem de uma forma tão subtil e humilde. Estamos sempre a aprender e hoje aprendi muito consigo. Não é qualquer um que mete o CA em sentido de uma forma tão discreta.
ON
Deixaste-me curioso com o comentário anterior. Poderias explicar melhor o que querias dizer?
Mais claro ainda????
Não sou capaz.
Não assobies para o lado!
O teu Caminho leva-te à perdição, meu Irmão!
Este On, é demais...
CA o que eu te peço encarecidamente, é que desenvolvas mais este assunto, não domino nada estas questões. Gostava de ter mais conhecimento sobre as mesmas. Para poder tomar uma posição o mais coerente e responsável possível.
MC,
sobre as questões científicas referidas no post, o CA sabe mil vezes mais do que eu.
Sobre o resto, eu não estou amordaçado, nem sou intimidavel, por isso posso falar à vontade. A posição da hierarquia da igreja católica é a do medo. Medo da sua própria ignorância. Das suas dúvidas inconfessadas e inconfessaveis.
Se a vida pode ser manipulada desta forma, então qual é o papel da igreja?
Como podemos responder aos nossos fieis se são os Outros que têm as respostas? Como podem as coisas ter chegado a este ponto?
Existem respostas que não podem ser dadas pela ciência. A igreja podia ajudar a responder a essas questões. Mas a igreja está demasiado ocupada a tentar manter os seus poderes. Não tém tempo para estas questões.
A Caridade intelectual de que eu falo hoje no meu blogue é uma das Virtudes Teologais que a hierarquia da igreja desconhece.
"Posto isto, quererias discutir o assunto em si?"
Vá lá CA, pode ser que ainda tenhas concerto! Pode ser que não estejas tão em sentido. Mas eu concordo com o Confessionário:
É a honestidade intelectual do senhor Policarpo que está a ser posta em causa no teu post.
É a honestidade intelectual..."
Pressinto que é. Embora eu saiba, intua, que o D. José Policarpo e outros bispos, não se rodeiam das melhores pessoas (mais capazes e isentas) para os ajudarem a definir doutrinas sobre este e outros temas.
É um caso de poder, como dizes, infelizmente, é.
Sabes o que é que o meu prior ontem dizia no meio de uma conversa banalíssima (onde eu aproveitei para lhe mandar umas farpas):
"Os homens não são todos iguais. Há os padres e os outros."
Isto não foi uma coisa dita por acaso, é a prática diária dele e de tantos que conheço. (Peço perdão aos dois ou três amigos padres que conheço e não são assim.)
"É a honestidade intelectual do senhor Policarpo que está a ser posta em causa no teu post."
Bem, eu não formularia assim, pois aí estaria a falar da pessoa e das suas intenções. Na resposta ao Confessionário pretendi deixar claro que não era a pessoa que estava em causa mas as ideias e o enfoque pastoral. Se podia resultar confusão da primeira abordagem o meu comentário deveria tê-la desfeito.
Espero que agora possamos discutir a coerência das posições oficiais da hierarquia da Igreja sobre este assunto. Foi esse o desafio que lancei ao Confessionário e lanço a todos os leitores.
São incoerentes porque são intelectualmente desonestos. Não faz mal porque é por uma boa causa. Isso é o que pensam todos os terroristas.
Vamo ter que ter uma conversa os dois um dia destes não é:)
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