Relativismo moral
No país P, onde a religião oficial é a X, vive a família M que pratica a religião Y. Apesar de ser proibido nesse país, em casa da família M trabalha uma empregada cuja religião é a X. A polícia do país é informada que essa empregada terá iniciado o filho da família M, de 6 anos de idade, na religião X. Apesar dos pais negarem que essa iniciação tenha sido feita, a polícia do país tira a criança de 6 anos à família M para ser entregue a uma família da religião X porque a lei do país assim o exige. Apesar dos protestos dos pais e dos sucessivos apelos estes perdem o direito a educar o seu próprio filho.
Isto deve ser visto à luz da cultura do país P ou deve ser considerado como intrinsecamente mau?
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13 Comments:
Mais uma questão. Se no lugar de X e Y formos colocando diferentes religiões, a nossa apreciação moral varia?
Estamos a falar de um país em que é possível as pessoas lutarem (sem repressão do direito de expressão) por modificação legislativa?
No país em causa é possível que as pessoas peçam uma alteração legislativa mas isso não depende delas.
No nosso país a modificação legislativa não depende directamente de nós.
Penso que a minha resposta é a de que é intrinsecamente mau. Há valores que não deveriam ser impostos, como seja a religião.
Tens que ser polémico.
Diz uma data de bacoradas e vais ver que consegues interlocutores.
Se a religião Y advogar e praticar princípios que consideremos desumanos, ou mesmo monstruosos dá que pensar ...
"Apesar de ser proibido nesse país, em casa da família M trabalha uma empregada cuja religião é a X."
Mas o que é proibido no país? A religião y? As famílias terem empregadas de religiões diferentes?
A história é muito confusa. Eu acredito que existem valores universalizáveis, por isso suponho que à partida a minha resposta será a de que deve ser considerado intrinsecamente mau. Mas os dados são insuficientes e nem me parece exactamente um problema de relativismo moral - até porque há relativistas morais que admitem a existência de uma hierarquia de valores, e sem informação adicional, isso poderia ser relevante para o caso. De resto, mesmo considerando-se intrinsecamente mau isso não exclui que se deva ver à luz da cultura do país. Tout comprendre n'est pas tout pardoner.
Já agora, a história é verídica ou baseada em factos reais?
Mas é claro que não se deve retirar os filhos aos pais, antes de mais!
Por outro lado, a empregada terá sido abelhuda, ao passar por cima da autoridade dos pais.
Os pais têm o direito e até o dever moral de transmitirem os seus valores aos filhos. Mais tarde, os filhos podem optar pela religião que quiserem.
Eu fui educado no Catolicismo e não me fez mal nenhum, que eu saiba.
Hoje não tenho religião (no sentido de prática de qualquer culto, de rituais e cerimónias). Sou espírita, que poderemos definir como um cristão não religioso, racional e não dogmático. Conservo todos os meus amigos católicos, entre os quais sacerdotes, e não tenho qualquer pejo em entrar numa Igreja ou em qualquer templo de qualquer religião. Considero por isso que os pais devem educar os filhos na sua religião. Infelizmente há é religiões e facções religiosas fanáticas, mas aí, se as coisas passarem das marcas, passam a ser casos de polícia.
Na cultura P é capaz de ter a sua lógica.Uma lógica, segundo a nossa cultura, intrinsecamente má.
Numa qualquer teocracia, situações deste tipo são um risco possível.
Todo o estado devia ser laico. A ingerência da religião na Lei civil cria sempre desequilibrios, por mais bem intencionada que seja.
A religião oficial de uma nação não significa pensamentos em comun,ela estabelece principios de moral que devem ser respeitados.Se as ensinamentos da religião X não corrompem os da Y, seus membros podem viver em perfeita harmonia,ignorando o legalismo cego,que corrompe o discernimento para uma exploração mais acentuada do compotamento religioso.
a minha resposta e intrinsecamente mau, os pais tem direito a educar a crança nos pradroes culturais que quiser:P
Absolutamente mau! Cheguei a esta resposta porque o fator religiao nao importa. O Erro foi em tirar a crianca da guarda da familia. Nao importa qual seja a religiao, pode ser, inclusive a mesma religiao para a familia e para a empregada acontece o mau, quando se tira a crianca da familia.
Joel Heron Freitas.
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