julho 10, 2006

Relativismo moral

No país P, onde a religião oficial é a X, vive a família M que pratica a religião Y. Apesar de ser proibido nesse país, em casa da família M trabalha uma empregada cuja religião é a X. A polícia do país é informada que essa empregada terá iniciado o filho da família M, de 6 anos de idade, na religião X. Apesar dos pais negarem que essa iniciação tenha sido feita, a polícia do país tira a criança de 6 anos à família M para ser entregue a uma família da religião X porque a lei do país assim o exige. Apesar dos protestos dos pais e dos sucessivos apelos estes perdem o direito a educar o seu próprio filho.

Isto deve ser visto à luz da cultura do país P ou deve ser considerado como intrinsecamente mau?

Muito importante: Decida a sua resposta antes de ver os comentários e não se deixe influenciar pelo que os outros comentadores tenham já escrito.

13 Comments:

Blogger CA said...

Mais uma questão. Se no lugar de X e Y formos colocando diferentes religiões, a nossa apreciação moral varia?

10/7/06 23:22  
Blogger abrunho said...

Estamos a falar de um país em que é possível as pessoas lutarem (sem repressão do direito de expressão) por modificação legislativa?

11/7/06 11:37  
Blogger CA said...

No país em causa é possível que as pessoas peçam uma alteração legislativa mas isso não depende delas.

11/7/06 13:27  
Blogger abrunho said...

No nosso país a modificação legislativa não depende directamente de nós.

Penso que a minha resposta é a de que é intrinsecamente mau. Há valores que não deveriam ser impostos, como seja a religião.

11/7/06 14:05  
Blogger abrunho said...

Tens que ser polémico.

Diz uma data de bacoradas e vais ver que consegues interlocutores.

19/7/06 15:32  
Anonymous Anónimo said...

Se a religião Y advogar e praticar princípios que consideremos desumanos, ou mesmo monstruosos dá que pensar ...

3/8/06 15:11  
Anonymous Anónimo said...

"Apesar de ser proibido nesse país, em casa da família M trabalha uma empregada cuja religião é a X."

Mas o que é proibido no país? A religião y? As famílias terem empregadas de religiões diferentes?

A história é muito confusa. Eu acredito que existem valores universalizáveis, por isso suponho que à partida a minha resposta será a de que deve ser considerado intrinsecamente mau. Mas os dados são insuficientes e nem me parece exactamente um problema de relativismo moral - até porque há relativistas morais que admitem a existência de uma hierarquia de valores, e sem informação adicional, isso poderia ser relevante para o caso. De resto, mesmo considerando-se intrinsecamente mau isso não exclui que se deva ver à luz da cultura do país. Tout comprendre n'est pas tout pardoner.

25/8/06 20:20  
Anonymous Anónimo said...

Já agora, a história é verídica ou baseada em factos reais?

25/8/06 20:21  
Anonymous Anónimo said...

Mas é claro que não se deve retirar os filhos aos pais, antes de mais!

Por outro lado, a empregada terá sido abelhuda, ao passar por cima da autoridade dos pais.

Os pais têm o direito e até o dever moral de transmitirem os seus valores aos filhos. Mais tarde, os filhos podem optar pela religião que quiserem.

Eu fui educado no Catolicismo e não me fez mal nenhum, que eu saiba.

Hoje não tenho religião (no sentido de prática de qualquer culto, de rituais e cerimónias). Sou espírita, que poderemos definir como um cristão não religioso, racional e não dogmático. Conservo todos os meus amigos católicos, entre os quais sacerdotes, e não tenho qualquer pejo em entrar numa Igreja ou em qualquer templo de qualquer religião. Considero por isso que os pais devem educar os filhos na sua religião. Infelizmente há é religiões e facções religiosas fanáticas, mas aí, se as coisas passarem das marcas, passam a ser casos de polícia.

18/9/06 01:28  
Anonymous Anónimo said...

Na cultura P é capaz de ter a sua lógica.Uma lógica, segundo a nossa cultura, intrinsecamente má.

Numa qualquer teocracia, situações deste tipo são um risco possível.

Todo o estado devia ser laico. A ingerência da religião na Lei civil cria sempre desequilibrios, por mais bem intencionada que seja.

10/12/06 17:04  
Anonymous Anónimo said...

A religião oficial de uma nação não significa pensamentos em comun,ela estabelece principios de moral que devem ser respeitados.Se as ensinamentos da religião X não corrompem os da Y, seus membros podem viver em perfeita harmonia,ignorando o legalismo cego,que corrompe o discernimento para uma exploração mais acentuada do compotamento religioso.

11/12/07 15:18  
Anonymous Anónimo said...

a minha resposta e intrinsecamente mau, os pais tem direito a educar a crança nos pradroes culturais que quiser:P

24/2/08 22:23  
Blogger JOHEF said...

Absolutamente mau! Cheguei a esta resposta porque o fator religiao nao importa. O Erro foi em tirar a crianca da guarda da familia. Nao importa qual seja a religiao, pode ser, inclusive a mesma religiao para a familia e para a empregada acontece o mau, quando se tira a crianca da familia.
Joel Heron Freitas.

18/9/08 19:54  

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