fevereiro 15, 2006

Finalmente!

Finalmente alguém na esquerda percebeu a necessidade de coerência no estatuto do embrião! Não faz sentido andar a dificultar a procriação assistida para evitar a possibilidade de morte de um embrião enquanto se tenta uma gravidez (o que acontece normalmente na natureza) e depois permitir a venda livre da pílula do dia seguinte e o aborto até um certo número de semanas de gravidez.

7 Comments:

Blogger Filipe Baldaque said...

alguém da esquerda perceber....já é um bom sinal. Se ainda por cima perceber sbre este tema melhor ainda.

15/2/06 21:10  
Blogger timshel said...

e o próximo passo da "coerência" é o restabelecimento da pena de morte, e o seguinte passo da coerência é a eliminação dos doentes mentais e dos deficientes físicos; e o próximo passo da coerência é o assassinato de todos os mais fracos: na selva só os mais fortes sobrevivem

16/2/06 06:31  
Blogger maria said...

timshel
não sejas assim!

16/2/06 10:47  
Blogger timshel said...

mc

porque é que não devo ser assim?

se o ca achar que não devo vir aqui colocar questões é só dizer que nunca mais cá pareço

se existe algum defeito no meu raciocínio, pode-se indicar onde ele reside

o meu problema é que não aprecio particularmente o discurso da coerência: foi e é usado por todos os dogmáticos, desde a extrema-esquerda à extrema-direita, e todos os fundamentalistas mesmo que de cores opostas

o mundo dos "coerentes" é a preto e branco e nunca reconhecem a necessidade de equilíbrio, de bom-senso, de compatibilização na prática de valores opostos

a partir de determinadas concepções morais (que por vezes parecem de um "progressismo" a toda a prova) constroem a partir de uma lógica rígida e semi-esquizóide, um mundo perfeito à prova de bala, de um totalitarismo assustador, camuflado de humanismo e de reconhecimento dos avanços do progresso técnico

16/2/06 21:46  
Blogger CA said...

"se o ca achar que não devo vir aqui colocar questões é só dizer que nunca mais cá pareço"

Acho óptimo que cada um diga o que pensa. Os comentários estão abertos. Em particular, Timshell, agradeço a sua franqueza.

Entretanto, acho que não compreendi bem os seus comentários mas isso é outra questão.

16/2/06 22:09  
Blogger maria said...

Timshel

o que te disse, não tem nada a ver com o vires aqui comentar. O blogue é do CA!!!
Tal como o CA, prezo os teus comentários, as tuas opiniões. Só não te prezo totalmente a ti, porque ainda não me convidaste a provar da tua garrafeira.

O que eu estava a querer dizer (fi-lo com alguma "intimidade", porque já andamos nisto há algum tempo. Foi com carinho que o fiz)é que se a discussão é sobre a procriação medicamente assistida, não acho válido da tua parte estares a introduzir outros temas. Podemos discuti-los mas não como argumento para valorizar ou diminuir este que está em diálogo.

Ai, ai, nestas coisas, como tantas vezes me faltam os argumentos científicos, etc., tenho de me servir da minha experiência pessoal e depois ando para aqui a expôr a minha recatada vidinha.

Então é assim:
Nem sequer me passa pela cabeça o que é para um casal, e sobretudo (perdoem-me isto, cavalheiros)para uma mulher, não poder engravidar pelas vias normais, nossas conhecidas e tão do nosso agrado.
Mas, percebi um pouco o valor de tudo isto, numa situação minha. Tinha trinta e dois anos e já as minhas duas filhas. Mas queria mais. E surgiu-me um problema de saúde, que para ser resolvido precisava de uma intervenção cirúrgica e que me inibiria de ter mais filhos. A conselho da ginecologista, tentámos que engravidasse. Como já quase se esperava, fiquei grávida, mas logo a seguir tive um aborto expontâneo. (Como o CA, largamente tem referido; aqui também manipulámos a vida. Todos sabíamos que aquilo era provável que acontecesse). Então a médica, sugeriu que eu fosse a uma consulta de infertilidade. Para não me deslocar liguei para o serviço e disse o que pretendia. Resposta, do outo lado do telefone: Os nossos serviços estão muito atrasdos. Quantos anos tem?
- 32, respondi eu.
- Oh, ainda é muito nova, pode esperar. Temos aqui casos mais urgentes. E desligou-me o telefone.

Escusado será dizer, que eu nunca lhe disse que já tinha duas filhas. Nem imagino o que ela me diria do outro lado.
O que é que fiz(emos)?
Dei muitas graças a Deus pelas filhas que já tinha. Achei que era um abuso da minha parte ir roubar a vez a casais que não tinham nenhum, e avancei para a cirurgia, sem olhar mais para trás.

Moral da história - Não me consigo por de modo nenhum no lugar de um casal que é infértil. Se a medicina ajudar a que resolvam o seu problema. Força.
Deus, dotou-nos de inteligência para procurarmos a nossa felicidade. Não nos será lícito fazermos tudo, mas somos nós que teremos de aprender (HOJE) até onde é que podemos ir. O Evangelho, não tem as respostas todas. Naquele tempo, os problemas de infertilidade, resolviam-se sabemos muito bem como. Quem se lixava, está a ver se hoje, dá a volta a isso. E ainda bem.

17/2/06 12:26  
Blogger timshel said...

mc e ca

deixo aqui um excerto de um comentário que deixei na lida insana:

"se não existir um pouco de demagogia, emoção e sangue, a blogosfera perde um bocado de piada (pelo menos para mim que sou um reprimido demagogo emocional e sanguinário)"

não me levem demasiado a sério mesmo quando (e sobretudo quando) pareço muito sério :)

18/2/06 07:01  

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